Costumo arquivar frases, textos e artigos que gosto e vejo que podem ampliar o conhecimento sobre o ser humano. Também guardo e-mails com temas interessantes, para que mais na frente possa relê-los, e até mesmo escrever algo para publicar no blog, como faço com estes sobre as crises, que tive com uma amiga da Bahia. Coloco a seguir alguns trechos.
V.
Peço-lhe que complemente este meu pensamento: “Quem verdadeiramente se olha, vive de crise em crise, com intervalos de tranqüilidade. Mas há os que entram e saem das crises sem entenderem o que viveram e nada aprendem. Não procuram e, conseqüentemente, não encontram significado no que aconteceu, e deixam de aprender lições valiosas para o amadurecimento. E o que é pior: lição não aprendida conduz à necessidade de repetição. É assim na Escola e é assim na Vida”. Que tal o desafio? risos.
Gilvan Almeida
Bom desafio...risos... Mas vou tentar... Primeiro vou lembrar como mergulhei em umas das minhas crises, que são freqüentes, diga-se de passagem, e como saí delas: de vez em quando volto a visitá-las (risos).
Primeiro, o mergulho nesse oceano que somos nós é desconhecido, assusta e muito! É preciso coragem, muita coragem, pra se ver e entender qual a mensagem que precisamos aprender, mesmo porque a gente conhece apenas a nossa superfície. A gente tem a vida inteira pra brincar de se esconder de si mesmo, evitando esse encontro consigo, e mesmo quando a vida marca, nem todos vão a esse encontro, que geralmente acontece nas crises. Encontro não para nos enquadrarmos no que é o esperado pelos outros, mas se apenas olharmos no que há por detrás das máscaras que utilizamos para sobreviver emocionalmente, já é de bom tamanho. Se a gente se olha, com certeza tem muito a conhecer, assusta, mas a cura chega exatamente assim: primeiro duvidamos de nós mesmos, será que vale a pena me ver? Pra quê? O que vou encontrar ? Não é melhor acomodar e culpar a própria vida em ser assim: do jeito que é? ou fantasiar um final feliz, um contrato assinado ou um projeto que nos garanta esse final feliz? ,Hoje acredito que "não vale a vida sem ser examinada", pois assim não há crescimento.
Aí eu penso: A nossa resposta fica num lugar sombrio, e "é precisamente a solidão que nos permite que nossa qualidade única se desenvolva." As respostas estão ali, a gente sempre sabe, mas o mais fácil é fugir (sou especialista nisso...rsss).
Quanto aos “intervalos de tranqüilidade”, adorei essa colocação, pois se não tivermos esse prêmio, a tranqüilidade, ainda que passageira, a gente pirava de vez. Mas, o que traz a tranqüilidade? É o doloroso mergulho no inferno interior, onde podemos conhecer as chamas das nossas fragilidades, ilusões e medos, fatores que propiciam as crises? Eu acho que sim, pois aí as certezas que encontraremos, nos trarão o sentido verdadeiro e, conseqüentemente, a consciência e a força necessárias para que possamos construir a cura, os novos sentimentos, a nova vida. É como uma viagem exaustiva, quando voltamos à tona, a sensação de bem estar acontece. Respira-se melhor, com mais consciência e auto-aceitação, vendo e se conformando com as próprias limitações, com a superação da fase de culpar os outros por nossos dramas.
Vou aprofundar mais esse assunto, tirar de meu coração e de minha experiência, pois ele é extenso demais, é o que move todo ser humano em busca do sentido da vida. Logo, é universal!
Quando nos conhecemos eu estava em um período de leve melhora de uma crise existencial. Depois a coisa piorou novamente. Agora estou bem melhor, já vendo um pouco mais perto o túnel onde sei que há uma luz no fim. Ainda não entrei nele. Risos.
Muitas vezes vejo em mim estas palavras de Nietzsche, contidas no livro Assim falou Zaratustra: "Alguns não conseguem afrouxar suas próprias cadeias e, não obstante, conseguem libertar seus amigos."
Bom saber que você está com um domínio maior sobre os problemas. Nas crises este domínio é fragilizado e quase sempre perdido, e assim é que podemos exercitar o que aprendemos em teoria sobre como viver a vida, como encarar e superar os problemas e não submergir na tristeza paralisante, entregar-se e adoecer, morrer em vida, como muitos mortos-vivos que conheço.
Quanto ao que ainda está precisando melhorar experimente acrescentar isto: não lute contra o que está totalmente fora de sua governabilidade. Conforme-se e guarde suas energias e bem estar para transformar o que está sob a sua governabilidade, que você tem o poder de mudar.
Que bom saber dessa nova fase de encontro consigo mesmo, com mais honestidade e mais amor por você mesmo. A crise passa, não precisa lutar contra ela pois assim ela fica forte e resistente. Tenha o máximo de respeito por ela, para não cair em situações que a tornaria mais grave. Com certeza essa frase que você escreveu é uma brisa que vem do mar, como uma música que lhe leva além do horizonte. Lembre-se que é um compromisso de amor com você.
Primeiro, o mergulho nesse oceano que somos nós é desconhecido, assusta e muito! É preciso coragem, muita coragem, pra se ver e entender qual a mensagem que precisamos aprender, mesmo porque a gente conhece apenas a nossa superfície. A gente tem a vida inteira pra brincar de se esconder de si mesmo, evitando esse encontro consigo, e mesmo quando a vida marca, nem todos vão a esse encontro, que geralmente acontece nas crises. Encontro não para nos enquadrarmos no que é o esperado pelos outros, mas se apenas olharmos no que há por detrás das máscaras que utilizamos para sobreviver emocionalmente, já é de bom tamanho. Se a gente se olha, com certeza tem muito a conhecer, assusta, mas a cura chega exatamente assim: primeiro duvidamos de nós mesmos, será que vale a pena me ver? Pra quê? O que vou encontrar ? Não é melhor acomodar e culpar a própria vida em ser assim: do jeito que é? ou fantasiar um final feliz, um contrato assinado ou um projeto que nos garanta esse final feliz? ,Hoje acredito que "não vale a vida sem ser examinada", pois assim não há crescimento.
Aí eu penso: A nossa resposta fica num lugar sombrio, e "é precisamente a solidão que nos permite que nossa qualidade única se desenvolva." As respostas estão ali, a gente sempre sabe, mas o mais fácil é fugir (sou especialista nisso...rsss).
Quanto aos “intervalos de tranqüilidade”, adorei essa colocação, pois se não tivermos esse prêmio, a tranqüilidade, ainda que passageira, a gente pirava de vez. Mas, o que traz a tranqüilidade? É o doloroso mergulho no inferno interior, onde podemos conhecer as chamas das nossas fragilidades, ilusões e medos, fatores que propiciam as crises? Eu acho que sim, pois aí as certezas que encontraremos, nos trarão o sentido verdadeiro e, conseqüentemente, a consciência e a força necessárias para que possamos construir a cura, os novos sentimentos, a nova vida. É como uma viagem exaustiva, quando voltamos à tona, a sensação de bem estar acontece. Respira-se melhor, com mais consciência e auto-aceitação, vendo e se conformando com as próprias limitações, com a superação da fase de culpar os outros por nossos dramas.
Vou aprofundar mais esse assunto, tirar de meu coração e de minha experiência, pois ele é extenso demais, é o que move todo ser humano em busca do sentido da vida. Logo, é universal!
Quando nos conhecemos eu estava em um período de leve melhora de uma crise existencial. Depois a coisa piorou novamente. Agora estou bem melhor, já vendo um pouco mais perto o túnel onde sei que há uma luz no fim. Ainda não entrei nele. Risos.
Muitas vezes vejo em mim estas palavras de Nietzsche, contidas no livro Assim falou Zaratustra: "Alguns não conseguem afrouxar suas próprias cadeias e, não obstante, conseguem libertar seus amigos."
Bom saber que você está com um domínio maior sobre os problemas. Nas crises este domínio é fragilizado e quase sempre perdido, e assim é que podemos exercitar o que aprendemos em teoria sobre como viver a vida, como encarar e superar os problemas e não submergir na tristeza paralisante, entregar-se e adoecer, morrer em vida, como muitos mortos-vivos que conheço.
Quanto ao que ainda está precisando melhorar experimente acrescentar isto: não lute contra o que está totalmente fora de sua governabilidade. Conforme-se e guarde suas energias e bem estar para transformar o que está sob a sua governabilidade, que você tem o poder de mudar.
Que bom saber dessa nova fase de encontro consigo mesmo, com mais honestidade e mais amor por você mesmo. A crise passa, não precisa lutar contra ela pois assim ela fica forte e resistente. Tenha o máximo de respeito por ela, para não cair em situações que a tornaria mais grave. Com certeza essa frase que você escreveu é uma brisa que vem do mar, como uma música que lhe leva além do horizonte. Lembre-se que é um compromisso de amor com você.
Um comentário:
Pois é, meu bom e sensível amigo Gilvan, que as crises sejam breves, que a vida se torne mais produtiva e prazerosa, pois só assim o ser humano será mais feliz. Muito bom o texto, parabéns. Paz, harmonia e um bom final de semana.
forte abraço
C@urosa
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