segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal 2008 e Ano Novo 2009

Que neste Natal e no Ano Novo tenhamos mais força e constância no uso destas Pérolas do aperfeiçoamento:

Paciência - para as dificuldades...
Tolerância - para as diferenças...
Benevolência - para os equívocos...
Misericórdia - para os erros...
Perdão - para as ofensas...
Prudência - para as ilusões...
Equilíbrio - para os desejos...
Sensatez - para as escolhas...
Sensibilidade - para os olhos...
Delicadeza - para as palavras...
Discernimento - para os ouvidos...
Resignação - para a escassez...
Responsabilidade - para a fartura...
Coragem - para as provas...
Fé - para as conquistas...
Amor - para todas as ocasiões!
(Autor desconhecido)

Ótimos exercícios para serem praticados em 2009:

Ser alegre, e não exibido.
Ser sincero, e não ofensivo.
Ser firme, e não arrogante.
Ser humilde, e não submisso.
Ser rápido, e não impreciso.
Ser despreocupado, e não descuidado.
Ser amoroso, e não possessivo.
Ser persistente, e não teimoso.
Ser disciplinado, e não inflexível.
Ser flexível, e não permissivo.
Ser obediente, e não escravo.
Ser gentil, e não bajulador.
Ser introspectivo, e não fechado.
Ser determinado, e não teimoso.
Ser corajoso, e não agressivo.
(Autor desconhecido)

domingo, 21 de dezembro de 2008

Evo Morales e a reconstrução da Bolívia


Postei a carta “Somos irmãos” em meu antigo blog, no início da administração do Presidente da Bolívia Evo Morales (janeiro de 2006), e nestes anos continuo acompanhando e admirando sua trajetória de lutas políticas junto ao povo boliviano para se libertarem das amarras da criminosa exploração capitalista. Neste período vimos toda a campanha promovida pelos Estados Unidos e outros países “civilizados” no sentido de desacreditá-lo, tendo como grande aliada a mídia internacional, também manipulada pela Casa Branca, incluindo a brasileira. Povos que lutam por seus direitos não são bem vistos pelos “donos do mundo”, e a resposta dada por eles é violenta e imediata, pois estas lutas podem ser exemplo para outros povos explorados. Vejam a campanha difamatória que fazem também com Hugo Chavez, da Venezuela; Raul Castro, em Cuba; Rafael Correa, no Equador; Mahmoud Ahmadinejad, no Irã, e outros, e o que fizeram com Salvador Allende, no Chile; João Goulart no Brasil; Mohammed Mossadegh, no Irã, e diversos políticos nacionalistas, derrubados do poder e alguns até assassinados por ousarem defender uma política voltada para o bem de seus povos.
Usando a secular técnica imperialista e colonialista de dividir para poder dominar, os Estados Unidos estão por trás de movimentos que alimentam a divisão interna destes povos (vide o movimento autonomista na Bolívia, o frustrado golpe de Estado na Venezuela em 2002 e tantos golpes militares que foram por eles financiados e até executados em todo o mundo), além de jogarem um país contra outro na América Latina, países árabes, asiáticos e africanos.
Ontem tive a alegria de ler o artigo que transcrevo abaixo, pois acredito firmemente que um povo com educação e saúde tem mais possibilidades de enxergar seus direitos e lutar por eles – quanto mais doente e analfabeto um povo, mais fácil de ser dominado e explorado. Ressalto que não sou mais um deslumbrado por qualquer política ou político de esquerda, como já fui. Hoje, depois de tanta decepção com eles e uma visão mais clara do que a direita política pode fazer de mal a um país, me esforço para discernir politicamente onde devo investir meu voto, e ainda encontro alguns políticos de esquerda que merecem que eu vote neles.
Após o artigo, republico a carta de Evo Morales.
Gilvan Almeida – 21.12.2008

Governo da Bolívia anuncia fim do analfabetismo no país
"Abraham Zamorano”
da Efe, em Cochabamba, 20.12.2008

O governo boliviano anunciou neste sábado (20) o fim do analfabetismo no país andino. Junto com Venezuela e Cuba, planejam se concentrar no Paraguai e Nicarágua para alcançar a mesma meta.
O objetivo de colaborar com esses países foi divulgado pelo ministro venezuelano de Educação, Héctor Navarrona, em Cochabamba, na Bolívia, como medida relacionada a Alba (Alternativa Bolivariana das Américas).
"Missão cumprida diante do povo boliviano e do mundo inteiro", exclamou o presidente da Bolívia, Evo Morales, ao lembrar que "erradicar o analfabetismo" sempre foi um de seus objetivos desde que era candidato.
Em Cochabamba, em uma festa da qual também participou o presidente do Paraguai, Fernando Lugo, cerca de 5.000 pessoas, muitos deles cubanos e venezuelanos, se concentraram em um complexo poliesportivo para celebrar o fim oficial do analfabetismo no país.
O líder paraguaio destacou que a Bolívia é o terceiro país da América Latina, após Cuba e Venezuela, a alcançar um dos Objetivos do Milênio das Nações Unidas.
"Quando cada paraguaio, cada boliviano, cada argentino e cada brasileiro pouder escrever com próprio punho a história de seu futuro ninguém mais poderá roubar deles a esperança", disse o governante paraguaio.
Lugo também disse receber "com muita alegria" a proposta de Morales de estender o projeto ao Paraguai, o que qualificou de "desejo generoso" do líder boliviano.
A Bolívia, usando o método audiovisual cubano "Eu posso" e contando com apoio financeiro da Venezuela alfabetizou em 33 meses quase 820 mil pessoas, quase 10% da população.
O programa de alfabetização, que Morales transformou em um assunto de Estado, recebeu a doação de 3.000 televisores e videocassetes de Cuba, além de 8.000 painéis geradores de energia para que se pudesse chegar à área rural.
Perfil dos alfabetizados
Cerca de 70% dos alfabetizados pelos quase 50 mil facilitadores foram mulheres, majoritariamente indígenas da área rural, o que para o ministro boliviano de Educação, Roberto Aguilar, demonstra a exclusão à qual estiveram condenadas.
Participaram do programa praticamente a totalidade dos iletrados do país nos mais de 50 mil pontos de alfabetização que foram instalados por todo o país e que resultaram em um índice de alfabetização de 96% da população.
O "Eu posso", segundo explicou o embaixador cubano na Bolívia, Rafael Dausá, se caracteriza também por ser uma versão adaptada à realidade e necessidades do país.
Segundo números oficiais, em idioma quíchua foram alfabetizadas 13,6 mil pessoas e em aimará quase 25 mil.
Entre as lembranças mais comentadas, está o fato de que inclusive crianças se tornaram alfabetizadores como foi o caso de Tupiza, povoado do departamento (Estado) de Potosí, na região sul, onde houve um alfabetizador de 8 anos e uma de 12, segundo o ministro Aguilar.
Apesar de ser um dos países mais pobres do continente junto com Guiana e Haiti, após a campanha que custou US$ 36 milhões, a Bolívia atingiu um marco histórico na frente de potências econômicas da região como Brasil, Argentina e México.
Na celebração, também estiveram o diretor da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação e a Ciência) para a região andina, Edouard Matoco ,e o ex-chanceler argentino Dante Caputo, representando a OEA (Organização dos Estados Americanos).
Além disso, para a ocasião chegaram o vice-presidente do Conselho de Ministros de Cuba, José Ramón Fernández, a titular de Educação desse país, Ena Elsa Velásquez, e seu colega venezuelano Navarro.
O ministro venezuelano reivindicou a integração regional mediante a Alba. "Cubanos, bolivianos e venezuelanos vão à Nicarágua e ao Paraguai também para travar a batalha pela libertação", disse.

Carta postada em 23.10.2006

Acompanho há um bom tempo a trajetória pública de Evo Morales, Presidente de nossa vizinha Bolívia, e admiro o seu pensamento político e ideológico em muitos aspectos (sem deixar de ver os excessos), especialmente aqueles voltados à defesa das riquezas naturais bolivianas e das tradições culturais de seu povo. Secularmente explorados pela potência imperialista da época, como tantos países já foram e são, incluindo o nosso, considero que o trabalho que ele faz nessa defesa dos bens bolivianos é um direito de todos os povos, de dar um fim à exploração. Por isso coloquei nesse espaço essa carta dele.
Gilvan Almeida

Somos irmãos
Evo Morales

Ouvi dizer que os meios de comunicação brasileiros disseram que a Bolívia teria "humilhado" o Brasil. Pode o povo irmão boliviano humilhar o povo irmão brasileiro? É aceitável que, em pleno século 21, estejamos pensando em termos de "humilhação", de "submetimento" ou de "subordinação" quando os destinos de todos os povos sul-americanos estão indissoluvelmente ligados para derrotar a fome, o esquecimento e o colonialismo externo?
Devo lhes dizer com toda a sinceridade que, quando penso no Brasil, penso em um irmão maior, em um povo alegre e dinâmico que, como o boliviano, quer "viver bem", quer acabar com a pobreza e quer ser dono de seu futuro.
Quando, no dia 1º de maio, decretamos a nacionalização de nossos hidrocarbonetos, o fizemos para recuperar um recurso natural que foi inconstitucionalmente privatizado pelos governos neoliberais. Para a Bolívia, não existe futuro sem a recuperação do controle sobre todos os nossos recursos naturais e as empresas estatais privatizadas. Não queremos fazê-lo de maneira negativa, atropelando ou ofendendo. Por isso, propusemos a renegociação de novos contratos com todas as empresas estrangeiras, para que os ganhos sejam distribuídos de maneira mais justa e eqüitativa.
Não queremos abusar de ninguém, não queremos nos aproveitar de ninguém... só o que nós queremos é um trato justo, para que não sobrem migalhas em nosso país e para que possamos começar a construir um amanhã diferente.
Se cheguei à Presidência de meu país, foi graças à luta de muitos anos de meu povo pela nacionalização de nossos recursos naturais. Por isso, a primeira coisa que fiz no governo foi satisfazer esse anseio, atender a esse clamor. Sei que alguns poderosos se sentiram surpreendidos, contrariados e incomodados. Sinto muito, mas já era de começar a chover para todos.
A nacionalização dos hidrocarbonetos na Bolívia não tem porque provocar incertezas no Brasil. Mesmo nos momentos mais difíceis de nossa história, nós mantivemos nossas exportações de gás ao Brasil, e vamos continuar fazendo o mesmo. As modificações que estamos negociando não têm porque afetar o consumidor brasileiro, já que são extremamente pequenas, levando em conta que a receita da Petrobras em 2005 foi 24 vezes maior que todas as exportações mundiais da Bolívia no mesmo ano.
Em meus oito meses de governo, aprendi que os grandes ricos e os novos conquistadores não dão a cara a tapas para enfrentar o povo. Não! O que fazem é provocar disputas entre pobres, para nos enfraquecer, para nos desunir, para nos distanciar uns dos outros. Por isso, me entristece muito quando procuram distanciar e provocar um confronto entre os povos irmãos da Bolívia e do Brasil.
Eles, os que sempre estiveram em cima, sabem que em nossa união está a força, que, juntos, somos invencíveis. Por isso a insídia, por isso a mentira, por isso a calúnia. Por isso essa retórica que procura nos converter em seres egoístas que pensamos apenas em nós mesmos, em nosso bem-estar individual, nos esquecendo de que compartilhamos um mesmo continente, um mesmo planeta.
A sorte do Brasil é a sorte da Bolívia, da Argentina, do Uruguai, do Paraguai e de todos os países da região. Em nossos tempos, já não podemos pensar unicamente em termos de país. Juntos, precisamos nos apoiar, precisamos colaborar, precisamos nos compreender uns aos outros.
Entre povos irmãos, precisamos compartilhar, e não competir, precisamos nos complementar e fortalecer nossa unidade sul-americana. Essa é nossa agenda para a próxima reunião da Comunidade Sul-Americana de Nações que terá lugar em Cochabamba, Bolívia.

sábado, 6 de dezembro de 2008

Disposição e coragem

Estou criando mais disposição e coragem para continuar a escrever no blog,
campo de exercício em que me proponho a aprender a expressar, na forma escrita, verdadeiramente o que penso e sinto, como me situo no mundo, em quê acredito, o que quero para minha vida e qual deve ser o meu papel na construção do bem estar geral.
Para que eu possa saber se isto está realmente acontecendo, preciso de
opiniões, toques amigos, de correções quando algo não estiver no bom
propósito, daí eu estar escrevendo isto pra vocês, leitores. Peço-lhes, quando estiverem dispostos, a participação.
Gilvan