quarta-feira, 30 de junho de 2010

A simbologia da Rosa


A simbologia é uma das linguagens que nos dá chaves para a abertura de portas que nos conduzem ao mundo dos sonhos, do oculto e do sagrado. É instrumento fundamental para aqueles que já despertaram para a necessidade de “ver além” e, por já não se contentarem com rótulos e aparências, precisam de um entendimento mais profundo da realidade, pois sabem que a vida tem uma essência filosófica e espiritual, e que esta essência não está exposta e sim envolta em segredos e mistérios, cabendo ao ser humano, através da consciência, desvendá-los e conhecê-los, cada um a seu tempo.
Uma das minhas fontes de estudo da simbologia é o livro Dicionário de Símbolos – mitos, sonhos, costumes, gestos, formas, figuras, cores, números – de Jean Chevalier e Alain Gheerbrant, Editora José Olympio.
Recebi este texto de um amigo, que não sabe a fonte. Gostei muito e compartilho.

Gilvan Almeida


A ROSA COMO SÍMBOLO

Desde a antiguidade remota a rosa foi honrada pelos deuses e heróis. Ornava o escudo de Aquiles, os capacetes de Heitor e de Enéas e na Idade Média, os escudos dos cavaleiros.
Era associada na antiga Grécia ao culto de Afrodite, a deusa do amor.
Já no Egito antigo, esta sensualidade expressa pela rosa em Afrodite, se torna mais espiritual no culto a Isis. Ao comerem algumas rosas, os iniciados sublimavam seus instintos carnais começando um processo de regeneração interior.
Na tradição cristã a rosa passou a representar Maria, a Rosa Mística, ou como acreditam certas correntes, ela representa Maria Madalena e está presente nas rosáceas dos vitrais e pisos de algumas igrejas européias. Também na iconografia cristã, a rosa com todas as suas pétalas abertas simbolizava o Santo Graal, símbolo da natureza integral do homem.
A Rosa Crística do ocidente, equivalente à Flor de Lótus oriental, é considerada a flor mais perfeita entre todas. Exala um perfume delicado e suas pétalas se colocam em espiral, simbolizando o esforço de aperfeiçoamento. É a vida eterna que se renova constantemente e ressurge ao final de cada volta: RENOVAÇÃO/ RENASCIMENTO.
Para se chegar à rosa é necessário primeiramente subir e colher os espinhos (guardiões): CAMINHO HUMANO. No seu centro, os pistilos amarelos, significam EQUILÍBRIO e SABEDORIA e surgem ao término de seu sacrifício, quando as pétalas, de fora para dentro, morrem para poder deixar finalmente, ressurgir o centro, a ESSÊNCIA.
A Rosa, como a Flor de Lótus, representa o CAMINHO DE AUTO-APERFEIÇOAMENTO. Elas vêm do escuro da terra (ou do limo no caso do Lótus) e sobem para respirar o ar sutil da vida espiritual e ao abrir suas pétalas ao Sol, oferecem o sacrifício do próprio perfume em entrega: DEVOÇÃO e SERVIÇO à VERDADE.
Há uma diferenciação do sacrifício de acordo com a cor da rosa:
Rosa vermelha= Sacrifício por paixão.
Rosa branca= Sacrifício por pureza.
Rosa amarela= Espiritualidade.
A rosa é uma criação excepcional, o emblema da PERFEIÇÃO para a grande obra dos Alquimistas, só entreabrindo suas pétalas para revelar o seu mais íntimo segredo, no momento em que vai perecer. Por isto além de ser símbolo da VIDA é também símbolo da PERFEIÇÃO e MORTE.
Fernando Pessoa se refere à rosa em um de seus poemas: Rosa, Vida, Cristo encoberto.
As catedrais góticas, construídas segundo os preceitos da geometria sagrada, tinham a planta em forma da cruz e seus vitrais com desenhos de rosáceas (rosas estilizadas) ficavam ao sul para que deixassem entrar a luz do sol em todo o seu esplendor.
Lutero usava a rosa em seu selo, chamado de Selo de Lutero ou Rosa de Lutero e costumava dizer uma frase: “O coração está sempre em rosas quando está sob a cruz”.
O nome Rosa-Cruz está associado ao símbolo hermético do Cristo.
Para os adeptos da Rosa-Cruz, a cruz contém os opostos em suas partes: Feminino e Masculino, Lua e Sol, Morte e Vida. Quando esta vivência de opostos (o horizontal e o vertical) se encontra em um ponto de intersecção, acontece a Iluminação. Esta intersecção (Centro, ponto de Unidade) da cruz (Corpo), saúda o Sol e uma rosa colocada neste centro, no peito, permite que a Luz ajude o espírito a desenvolver-se e florescer. Em seu símbolo ora colocam a rosa na intersecção, ora no alto da cruz.
Para os esotéricos a Cruz é um signo masculino e espiritual, divina energia criadora que fecundou a matéria da substância primordial cuja imagem é a Rosa, que se inscreve nas quatro dimensões: comprimento, largura, espessura e tempo. A mente associada à Rosa apresenta sub-dimensões e forma: matéria, cor e perfume, reunidos na mais completa harmonia sendo defendidos pelos (guardiões) espinhos.
Segundo Robert Charroux (livro “Os mistérios da Rosa”), a história da Rosa é tão secreta que somente raros iniciados podem compreender o seu sentido profundo. A rosa é o símbolo do segredo guardado, pois é uma das raras flores que se fecha sobre seu coração. Quando abre a sua corola, está na hora da morte.
“Descobrir uma taça de rosas” é desvendar um segredo. Esta expressão ainda é usada em alguns lugares da Europa. Antigamente, se um anfitrião colocasse um ramo de rosas numa taça, significava que o bom tom e a honra deveriam prevalecer e que todos que estivessem à mesa manteriam rigorosamente secreto tudo que ali se dissesse. Algumas vezes a rosa era dependurada sobre a mesa, e tinha o mesmo significado.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Sabedoria popular no cotidiano psiquiátrico

Muitas pessoas acham que um portador de transtorno mental é um zumbi, alguém que vive fora do mundo, que não pensa, não tem sentimentos, não tem horizontes, não ama e não é amado. O estigma de ser um “doente mental” é cruel na “sociedade dos ditos e tidos como normais”. Após quase 30 anos de prática médica, eu pensava que já tinha me defrontado com todos os tipos de dores e sofrimentos humanos, mas eu estava enganado. Há 4 anos trabalhando na área da Saúde Mental, tenho convivido com dramas e tragédias que não imaginava acontecerem, e nem com tanta freqüência. Encontro todos os tipos de discriminação, violência e preconceito, que vão desde o abandono e os maus-tratos por membros da própria família, a agressões de vizinhos, motoristas de ônibus, pessoas nas ruas, além da falta de respeito aos direitos de cidadania em órgãos públicos. Apesar disso, é gratificante a convivência com os pacientes e suas famílias, com quem compartilhamos dores, vitórias e a lucidez possível. Também encontro neste cotidiano, a sabedoria, a fraternidade, a busca de amor e de ser feliz, como também as situações do amor romântico, de corações apaixonados, como nesta pequena vivência: Uma paciente chorando mágoas de uma paixão despedaçada é consolada pela amiga, que me olha com um olhar cúmplice e diz: “Pílulas para tirar amor do coração não tem não, n’é doutor? Só a opinião e um outro amor.” Confirmei, silenciosamente feliz, aquela verdade, expressa através de tão belo exemplo de acolhimento e conforto amigo.

Gilvan Almeida

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Saramago (1922 - 2010)

Ainda não li nenhum livro escrito por Saramago, embora acompanhe há um tempo sua trajetória. Hoje, no dia da morte dele, um amigo me mandou esta frase, que me despertou o interesse de conhecê-lo mais :

"Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia."

José de Sousa Saramago, escritor português, Prêmio Nobel de Literatura em 1998.


Gilvan Almeida

terça-feira, 15 de junho de 2010

Destinos abortados

Quando li o artigo “Mãe surrava filha por fazer xixi na cama”, além da indignação que senti, lembrei de um texto que escrevi, sobre as características de algumas mães (Tem mãe que ...). Sou dos que acreditam que saber ser um bom pai ou uma boa mãe não é inato ao ser humano. É preciso aprender, despertar para esta necessidade e querer aprender, e este aprendizado, quando não é feito com resignação, consciência, amor e paciência, muitas vezes é feito grosseiramente no lombo dos filhos mais velhos. Observem que, geralmente, os filhos mais novos têm uma criação bem mais branda. Custa tempo e sofrimento compreender alguns acontecimentos de nossa infância, superar traumas, complexos e receber a brisa da aceitação de que nossos pais só nos deram o que tinham, o que receberam da criação que os pais deles lhes deram. E tudo o que fizeram, mesmo o que nos causou dor, foi pensando em nosso bem (pelo menos a maioria agiu com esta intenção e por isto merecem o nosso perdão). Quantos pais, por insensibilidade ou ignorância, abortam as potencialidades de seus filhos.
Fico a pensar, nenhum ser humano tem plenamente desenvolvidas as potencialidades que traz ao nascimento, por causa da criação, de algumas infelizes criações e dos desvios comportamentais que elas proporcionam. Na luta pela adaptação ao que a família e o meio nos exigiram, a maioria de nós é sobrevivente emocional, alguns com seqüelas irrecuperáveis, e em muitos aspectos deixamos de ser o que seríamos. E os que foram ou estão sendo criados sem pai e sem mãe, o que pensar deles, abandonados nas ruas, frutos do descaso criminoso de alguns pais e principalmente do Estado? Sem limites e sem apoio, o que esperar deles, além do retorno da mesma violência com que estão sendo tratados?
Imaginem se todo o potencial de um ser humano fosse, desde bebê, percebido e estimulado pelos pais e pela sociedade, que geração de seres incríveis teríamos. Alguns escapam, Mozart é um exemplo. Graças à sensibilidade da família, sua genialidade artística foi precocemente reconhecida e alimentada.


Gilvan Almeida


Mãe surrava filha por fazer xixi na cama
Fabiana Seragusa

Aos 11 anos, a inglesa Constance Briscoe procurou o Serviço Social, sozinha, e suplicou por ajuda para sair de casa. Ela não aguentava mais apanhar todos os dias da mãe, ficar longos períodos sem comer, ser humilhada e xingada constantemente.
Depois de receber um "não" dos funcionários, que não podiam registrar as reclamações da garota sem a autorização de parentes, ela decidiu se matar: bebeu alvejante com água. "Escolhi a marca Domestos porque ela mata todos os germes conhecidos e a minha mãe vivia dizendo que eu era um germe." Mas Constance não morreu.
Leia o artigo completo em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/livrariadafolha/ult10082u728084.shtml

Tem mãe que...

Quase todas as mães são belos exemplos de carinho, atenção e zelo para com a família, possuem uma verdadeira aptidão para a maternidade, e têm o seu amor incondicional comparado em pureza e intensidade ao amor de Jesus. Mas há algumas mães que: são egoístas, só pensam nelas, não param para dar atenção ao que os filhos têm a dizer, pois mais importante é a profissão, o cabeleireiro, as compras ou o encontro com a amiga; têm ciúmes dos filhos, não aceitam que eles tenham amigos (nenhum presta), e até dificultam a relação deles com o próprio pai; falam mal dos filhos, tanto para pessoas estranhas à família quanto dentro da própria casa, jogando uns contra os outros e criando distância entre os irmãos; fazem questão de mostrar que os filhos dos outros são sempre melhores, mais inteligentes e bem sucedidos que os seus; além de terem tido uma relação difícil com os filhos ainda tentam colocar os netos contra a mãe ou o pai deles; disputam com a filha a atenção do pai, do namorado ou do genro, a quem só falam dos defeitos da filha; demonstram claramente que têm preferência por um dos filhos, não se importando que os outros percebam; dominam os filhos através do sentimento de culpa, jogando sobre eles a responsabilidade por tudo o que de ruim aconteça com elas; tiranizam os filhos com ameaças veladas e chantagens emocionais; não fazem carinho nos filhos quando crianças, não tocam, não beijam, não põem no colo, com argumento de que vão ficar manhosos e mal-acostumados; não acompanham e nem aceitam o crescimento e o amadurecimento dos filhos, tratando-os sempre como se fossem moleques, incapazes, irresponsáveis, e com isso invadem a vida deles, prejudicando-os muitas vezes em seus relacionamentos familiares e profissionais; exigem do(a)s filho(a)s fidelidade e submissão eternas a seus caprichos, que quando negados elas jogam para cima deles o tradicional “...tanto que eu fiz por vocês, e olhem o que vocês fazem comigo...”

Gilvan Almeida





quarta-feira, 9 de junho de 2010

O que o seu médico não sabe sobre medicina nutricional pode estar matando você.

A leitura deste livro foi fundamental para me fazer compreender melhor a importância da nutrição na saúde do ser humano. A Faculdade de Medicina pouco me ensinou sobre o papel da alimentação e da nutrição na manutenção da saúde e na prevenção de doenças. O que vimos foram apenas dietas para determinadas doenças.
Da mesma forma que o ser humano é o que pensa e o que sente, e sua saúde depende do equilíbrio do pensamento e do sentimento, também é o que come.
Hipócrates, o pai da Medicina Ocidental, na Grécia Antiga, há 2.500 anos, já dizia: “Que o teu alimento seja o teu remédio e que teu remédio seja o teu alimento.”, mas a Medicina Ocidental “esqueceu” esta grande lição.
Historicamente o padrão de doenças da humanidade teve uma alteração importante desde que os alimentos passaram a ser industrializados e refinados. No período em que a alimentação era basicamente natural e integral, e produzida sem agrotóxicos, as doenças mais comuns eram decorrentes da falta de saneamento básico e das epidemias de doenças infecto-contagiosas. A partir do refinamento dos cereais, especialmente o trigo e o arroz, da invenção e aplicação em massa de aditivos e conservantes químicos, e do aumento do consumo do açúcar, laticínios e gorduras, doenças que antes eram raras ganharam destaque na patologia humana, e hoje assumem papéis de verdadeiras epidemias: diabetes, arteriosclerose, doenças cardiovasculares, derrames cerebrais, cânceres, obesidade, osteoporose, alergias alimentares, patologias digestivas e tantas outras.
É um livro que indico para médicos e pacientes. A seguir uma resenha sobre ele.

Gilvan Almeida


O que o seu médico não sabe sobre medicina nutricional pode estar matando você.

Autor: Ray D. Strand

Revolucionário, o livro escrito pelo médico Dr. Ray Strand apresenta medidas simples que você pode adotar para proteger sua saúde, tanto no presente como no futuro – e até reverter males e enfermidades que porventura já existam. Segundo o autor, o livro, baseado em estudos de evidências científicas, tem como propósito educar. "Assim, ninguém deve usar as informações nele contidas para autodiagnósticos e tratamentos, nem como justificativa para aceitar ou rejeitar qualquer terapia médica para quaisquer doenças ou problemas de saúde", alerta o autor. Baseando-se em pesquisas extensivas, extraídas de mais de 1.300 estudos clínicos, Ray D. Strand esclarece o papel crítico que a medicina nutricional desempenha em retardar o processo de envelhecimento e em recuperar a saúde, mesmo após a devastação provocada por enfermidades como diabetes, câncer, doenças do coração, fadiga crônica, esclerose múltipla e muitas outras."O Que Seu Médico Não Sabe sobre Medicina Nutricional Pode Estar Matando Você" vai ensinar:

• Por que as doses diárias de nutrientes-chaves recomendadas não preparam as defesas naturais de seu corpo para protegê-lo de doenças e quais as quantidades de que você realmente precisa;

• Como o oxigênio e seus derivados podem causar estragos em seu corpo e o que você deve fazer para reparar o dano;

• Por que o nível de seu colesterol NÃO é o segredo para protegê-lo de doenças do coração;


(...) Dividido em três partes, Antes de Começar; Vencendo a Guerra Interior e Medicina Nutricional, "O Que Seu Médico Não Sabe sobre Medicina Nutricional Pode Estar Matando Você" revela, ainda, como é possível colher os benefícios de descobertas de ponta na Nutrologia; como usar medicamentos como último recurso, e não como primeira opção; o que as evidências médicas realmente indicam sobre as causas do câncer, do diabetes, da artrite, do mal de Alzheimer, da fibromialgia e de muitas outras, além de ensinar qual a melhor estratégia contra o envelhecimento e como se proteger do lado negro do oxigênio.

(...) O livro conta com a revisão técnica do Dr. Jairo Roberto Neubauer Pereira, médico graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Cardiologista com título reconhecido pela Sociedade Brasileira de Cardiologia e pós-graduando da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP. Além disso ele é médico pesquisador da Unidade Clínica de Dislipidemias do Instituto do Coração HC – FMUSP.


Sobre o autor:

Ray D. Strand, M. D., graduou-se na Faculdade de Medicina da Universidade do Colorado e concluiu sua residência médica no Mercy Hospital, em San Diego, Califórnia. Há trinta anos ele vem trabalhando ativamente no atendimento médico familiar, e há sete anos vem concentrando sua prática médica na medicina nutricional, tendo feito palestras internacionais sobre o tema nos Estados Unidos, no Canadá, Austrália,Inglaterra, Holanda e Nova Zelândia.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Uma abordagem sobre as preocupações

O ser humano é previsível em ações e reações, desejos e medos, frustrações e alegrias, sensibilidade e percepção, não importando onde ele nasceu e vive, se no Nepal ou no Alaska, na Nova Guiné ou na Birmânia, no Acre ou em Madagascar. Todos querem ser felizes e encontram dificuldades semelhantes para encontrar este objetivo, com algumas variações específicas, conforme a cultura e a religiosidade.
Um amigo de um país europeu escreveu, pedindo-me a opinião acerca de algumas angústias e preocupações que estava sentindo. Respondi:
Querido amigo J :
O que tem verdadeiramente lhe causado tanta preocupação? São as coisas dos outros? São as suas? Suas e dos outros? Uma dica boa para verificar isto é abordar cada uma destas frentes de acordo com a governabilidade que temos ou não sobre elas:
1.Coisas que dependem só de nós para que sejam resolvidas: total governabilidade, pois dependem só de nós. Não precisa se preocupar pois a solução está em nossas mãos. Pense, defina uma estratégia de ação e aja, pois a realidade só muda através da prática;
2.Coisas que dependem de nós e dos outros: governabilidade parcial, pois não dependem só de nós. Faça a sua parte e despreocupe-se. Aguarde o outro lado fazer o que cabe a ele;
3.Coisas que dependem só dos outros: nenhuma governabilidade nossa pois dependem só dos outros. Também não precisa se preocupar já que não há responsabilidade sobre nossas costas. Aguardar com paciência as ações dos outros.
É preciso muito cuidado para não colocar a carga dos outros nas suas costas. Cada um já tem sua própria cruz para carregar. O que podemos fazer é auxiliar nosso semelhante a melhor carregar a cruz dele, se ele assim o desejar e pedir. Determinados aspectos da vida pessoal é para cada um resolver, prestando sempre atenção àqueles que aprontam situações e depois querem jogar as conseqüências para cima dos outros. Conheço muitos assim, que não assumem responsabilidades e culpam os outros pelas próprias infelicidades. Então, observe se você não está se sobrecarregando de preocupações, que, na verdade, são de outras pessoas. Parece que sim.
Não esqueça que se o ato de se preocupar resolvesse, a vida de todo mundo já estava resolvida. E tem muita gente que parece ter a preocupação como hobby, ou quem sabe vício. Quantas conheço que quando já não têm tanto o que se preocupar consigo, passam a se preocupar com a vida e os problemas dos filhos, netos, parentes, amigos. E haja coluna para carregar os outros nas costas. Como dói a coluna delas.
Dizer somente que é assim mesmo, que não pode reclamar, que deve agüentar e pronto, precisa ser visto com atenção, para não cair no conformismo e nem na submissão aos caprichos de alguns tiranos e vampiros emocionais que, às vezes, nos rodeiam. Tem um parâmetro bom para se medir isso: avaliar pela ótica da justiça, do bom senso e da tolerância. Tenha mais paciência com quem você ver que está se mexendo e verdadeiramente buscando soluções. Dê seu apoio e alimente nas pessoas atitudes preventivas contra mais sofrimentos e preocupações.
E quando solicitado, não deixe de se posicionar, de dizer o que pensa e o que sente, com equilíbrio e respeito, mas diga. Assim as pessoas vão conhecê-lo mais e passarão a respeitá-lo mais também.


Gilvan Almeida