sexta-feira, 10 de abril de 2009

Quais são as suas máscaras?

Traga-me um ser humano plenamente maduro e equilibrado, que tenha total harmonia no pensamento, no sentimento e nas atitudes, que seja só amor com tudo e com todos, e em todo o momento, que erguerei para ele um altar. Procure-o nos quatro cantos do mundo e não o encontrarás, porque não existe. Somos todos, sem exceção, imaturos, carentes de afeto e de atenção, inseguros, pequenos, seres frágeis que necessitam de luz, de carinho e até mesmo de piedade, por tantas fraquezas.
No entanto, o ser humano, para tentar esconder determinadas facetas de sua personalidade e de seu caráter, ou até mesmo como mecanismo de sobrevivência emocional, cria, consciente e inconscientemente, determinados comportamentos, que são conhecidos na psicologia como máscaras. As máscaras, portanto, são defesas que protegem o indivíduo do meio em que vive, e no teatro da vida, cada um com as suas.
Alguns usam uma ou mais máscaras no emprego, outras em casa, outras nos meios sociais que freqüentam, e algumas máscaras são tão fortemente grudadas que a própria pessoa acredita que é aquilo que aparenta ser para os outros. Há muito covarde com máscara de valentão, utilizando a estratégia de bater o mais rápido possível, para que não percebam que ele, na verdade, é covarde. Há as víboras com sorrisos angelicais; os judas com atitudes de melhores amigos; os interesseiros com caras de solidários; os sorridentes escondendo profundas tristezas; os tiranos com aparência de democratas; os corruptos com discursos de bons samaritanos, e tantos outros tipos, cada um mostrando na aparência o que não é na essência.
Eis aqui um ótimo instrumento para os que querem se conhecer, na busca de ser uma pessoa com mais paz e equilíbrio. Pergunte-se quais são as minhas máscaras?


Gilvan Almeida

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom e instigante o texto. Refletir talves seja o melhor passo para o conhecimento. Penso que as "Mascara" (vista do ponto de visto dos arquétipos) também são importantes e fundamentais, pois não damos conta de viver o tempo todo (nos vários papeis sociais que desempenhamos) apenas com nossa essência, nosso Si-Mesmo. É necessário a "Persona/Mascara" do pai/mãe; professor, médico, amigo... sem jamais perdermos o link com nossa essência.
abraços fraternos. Olivia

Faide Veiga disse...

" As máscaras espelham a sociedade que as engendram."
Gilvan,ótimo tema e bem vindo aos dias atuais,onde o comportamento humano tem se mostrado mais e mais complexo.Realmente algumas máscaras que intermediam as relações humanas podem e devem ser chamadas "hipocrisia",já outras representam até certo ponto um sistema útil de defesa,por meio dele pode ser estabelecida uma força vital capaz de apoderar-se daquele que se coloca sob sua proteção de modo a se confrontar com situações diversas que não o permitem ser ele mesmo.Todos vivenciamos isso,as vezes um mal necessário,mas que não substitui nosso verdadeiro "eu." Penso que existem máscaras e máscaras...as usadas somente para benefício pessoal,ambicioso e maldoso e as que nos levam ao entendimento que podemos precisar usá-las para não perdemos ou desagradarmos pessoas que estão em nosso caminho,as quais amamos,prezamos e precisamos e que não estão preparadas para o que somos em nossa essência.
Abço,
Faide.

Anônimo disse...

Mas que cara é essa que não quer me abandonar? Serei eu ou serei quem?
Grata pelo bom momento de exame, amigo!
maria