quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Mulheres fora-de-época: Anaís Nin

Vocês conhecem a escritora Anaís Nin? Mais uma mulher pouco adaptada à sua época, tipo Frida Kahlo, Gertrude Stein, Lou Andreas-Salomé, Florbela Espanca e outras, que viveram incompreendidas e discriminadas por muitos dos seus contemporâneos, por terem se negado a usar a roupagem convencional vigente, especialmente, por dizerem e viverem verdades que desmascaravam a hipocrisia social. E o que mais feria é que elas eram competentes nas artes que praticavam. Vejam, a seguir, algumas palavras escritas por ela.
Tem um filme muito bom sobre o período em que Anaís foi amante do escritor Henry Miller: Henry & June, baseado no diário dela.


Gilvan Almeida

-“Chorei porque não era mais uma criança com a fé cega de criança.
   Chorei porque não podia mais acreditar e adoro acreditar.
   Chorei porque daqui em diante chorarei menos.
   Chorei porque perdi a minha dor e ainda não estou acostumada com a ausência dela.”
-"O amor nunca morre de morte natural. Ele morre porque nós não sabemos como renovar a sua fonte.  Morre de cegueira e dos erros e das traições. Morre de doença e das feridas; morre de exaustão, das devastações, da falta de brilho."
-"A única anomalia é a incapacidade de amar."
-"Pessoas vivendo intensamente não têm medo da morte."
-“Eu escolho
   um homem
   que não duvide
   de minha coragem,
   que não
   me acredite
   inocente,
   que tenha
   a coragem
   de me tratar como
   uma mulher.”
-"E chegou o dia em que o risco de permanecer apertada no botão era mais doloroso que o risco necessário para florir."
-"O ímpeto de crescer e viver intensamente foi tão forte em mim que não consegui resistir a ele. Enfrentei   meus sentimentos.
A vida não é racional; é louca e cheia de mágoa. Mas não quero viver comigo mesma. Quero paixão, prazer, barulho, bebedeira, e todo o mal.
Quero ouvir música rouca, ver rostos, roçar em corpos, beber um Benedictine ardente.
Quero conhecer pessoas perversas, ser íntimas delas. Quero morder a vida, e ser despedaçada por ela. Eu estava esperando. Esta é a hora da expansão, do viver verdadeiro. Todo o resto foi uma preparação.
A verdade é que sou inconstante, com estímulos sensuais em muitas direções.
Fiquei docemente adormecida por alguns séculos, e entrei em erupção sem avisar."
-“A origem da mentira está na imagem idealizada que temos de nós próprios e que desejamos impor aos outros.”
-"A vida se encolhe ou se expande proporcionalmente à coragem de cada um."

Anaïs Nin (21 de fevereiro de 1903, Neuilly, perto de Paris - 14 de janeiro de 1977, Los Angeles) batizada Angela Anaïs Juana Antolina Rosa Edelmira Nin y Culmell, foi uma autora nascida na França, filha do compositor Joaquin Nin, cubano criado na Espanha e Rosa Culmell y Vigaraud,de origens cubana, francesa e dinamarquesa. Anaïs Nin tornou-se famosa pela publicação de diários pessoais, que medem um período de quarenta anos, começando quando tinha doze anos. (...)
Seus romances e narrativas, impregnados de conteúdo erótico foram profundamente influenciados pela obra de James Joyce e a psicanálise. Dentre suas obras destaca-se Delta de Vênus (1977), traduzido para todas as línguas ocidentais, aclamado pela crítica americana e européia.


Obras:
• A Casa do Incesto
• Delta de Vênus
• Em busca de um homem sensível
• Henry & June
• Incesto
• Passarinhos
• Pequenos Pássaros
• Uma espiã na casa do amor

Fonte da breve biografia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ana%C3%AFs_Nin

Um comentário:

Francimar disse...

Adoro mulheres á frente de seu tempo. Elas contribuem para a evolução da humanidade. Nos fazem despertar o sentido da palavra "racional"