domingo, 16 de maio de 2010

Lula, Irã, a fome e a paz

Para as grandes potências donas do mundo, é muita prepotência mesmo um paiseco como o Brasil estar tomando atitudes de crescente liberdade política e diplomática no cenário mundial, e o que é mais “grave”, indo contra as determinações “superiores”. Daí a mídia e a direitona estadunidense estarem “secando”, de todas as maneiras, os esforços de Lula na busca de diálogo com o Irã, quanto a um acordo da questão nuclear. Os ataques, para quem conhece a conjuntura das interrelações internacionais são risíveis e trágicos. Por exemplo, o jornal Washington Post, lançou ontem um editorial em que diz “Postura brasileira ignora "repressão bruta" no Irã”, como se os EUA não fossem amigos e cúmplices das maiores ditaduras do planeta, tais como Israel, China, Arábia Saudita, Egito e outros, contumazes transgressores dos direitos humanos.
A indústria bélica, principal mantenedora do capitalismo, quer a guerra, e está usando todos os recursos para fazer com o Irã o que já fizeram com tantos outros países: Iraque, Afeganistão, Vietnam, e outros. A farsa e a hipocrisia são tantas que os EUA se auto-intitulam defensores da liberdade e da democracia.
Se o encontro de Lula com as principais lideranças políticas e religiosas iranianas resultar em um acordo nuclear, vai colocar o Brasil entre as novas lideranças mundiais, com maior poder de decisão e voz dentro do Conselho de Segurança da ONU.
Boa sorte Lula!

Gilvan Almeida


Lula, Irã, a fome e a paz
No curto espaço de uma semana, o Brasil viu-se como protagonista em duas questões centrais para a humanidade. Primeiramente quando Lula é condecorado pela ONU com a medalha pelos esforços no combate à fome, fato que a mídia comercial escondeu, para espanto geral. Segundo porque neste final de semana o presidente do Brasil, após conseguir o apoio da Rússia para suas gestões, desembarca em um Irã ameaçado levando uma mensagem clara ao mundo: os problemas devem ser resolvidos pelo diálogo não por sanções, muito menos pela guerra, que, comprovadamente, veja-se hoje o Iraque e o Afeganistão, só trazem solução para o caixa da indústria bélica, a principal economia dos EUA. O artigo é de Beto Almeida.


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