sábado, 16 de janeiro de 2010

Defesa do consumidor

Antigamente produto falsificado era pejorativa e preconceituosamente atribuído ao Paraguai. Vivemos, hoje, um tempo em que já não sabemos facilmente distinguir o que é falso e o que é verdadeiro, seja nos comportamentos humanos, no que a mídia nos mostra, como também nos produtos que adquirimos em nosso dia a dia, necessários ou não à nossa sobrevivência. A pirataria generalizou-se, e ninguém tem mais certeza do que é original. Até produtos vitais, como determinados medicamentos e alimentos, estão sendo falsificados e criminosamente vendidos à população. Por isto, é importante que busquemos nos certificar, através de informações idôneas, a origem e a composição do que estamos consumindo.
Há alguns anos assino a revista Proteste, da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor que, além de orientar e defender seus leitores e associados sobre os direitos dos consumidores, realiza e divulga testes com diversos produtos – alimentícios, eletrodoméstico, eletrônicos, etc. Por exemplo, vejam o que o teste com protetores solares revelou, expondo o absurdo que é as pessoas acharem que usando qualquer um protetor estão protegidas dos raios ultra-violeta.
Leia mais no site da Associação:
http://www.proteste.org.br/

Gilvan Almeida

Pro Teste reprova oito entre dez protetores solares FPS 30
Do UOL Ciência e Saúde

Apenas dois entre dez protetores solares FPS 30 em loção avaliados pela Pro Teste Associação de Consumidores comprovaram eficiência na proteção solar. E apenas três não apresentaram na composição o benzophenone-3, um ingrediente que já é proibido em outros países, por ser potencialmente cancerígeno.
Quatro dos protetores têm baixa proteção UVA (cujos raios atingem as camadas mais profundas da pele, causando envelhecimento precoce), mas a legislação brasileira não exige um mínimo. E cinco deles não são resistentes à luz e ao calor, perdendo a eficiência.

É o que mostra a análise publicada na revista Pro Teste de dezembro e disponibilizada no site da entidade: www.proteste.org.br. O teste envolveu análise de rotulagem, composição, irritabilidade, hidratação, proteção, resistência à exposição solar, e teste em uso.

A associação reivindica que seja proibido o uso da substância benzophenone-3 na composição dos produtos, ingrediente proibido em outros países, por apresentar esterogenicidade, entrar na circulação sanguínea e ser potencialmente cancerígeno.
Também está pedindo à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) passe a exigir o fator UVA de no mínimo um terço do FPS do produto, assim como ocorre na Europa, e que esta informação conste no rótulo. Assim como sejam obrigatórios testes de fotoestabilidade para verificar se eles são estáveis nas condições reais de uso, durante a exposição solar.
O FPS é responsável por bloquear os raios UVB, que são mais fortes entre 10 horas e 16 horas, período não recomendado para exposição prolongada ao sol. São os principais responsáveis por câncer de pele, queimaduras e vermelhidão.

Resultados

Os protetores L'Oréal Solar Expertise e o Cenoura & Bronze foram os que se saíram melhor na avaliação de eficiência do filtro solar.
No teste de fotoinstabilidade, o FPS dos produtos foi medido antes e depois da exposição a uma temperatura de 40ºC. As marcas Avon, La Roche-Posay, Nivea, Banana Boat e Sundown foram reprovadas.
Alguns produtos, como o da Nívea, perderam 50% do seu FPS. Todos os protetores analisados são de fator 30. Após uma hora de uso, eles caíam para FPS 15. O segundo pior foi o La Roche Posay, que manteve só 62% de sua proteção indicada no rótulo. Isso não quer dizer que os produtos não oferecem proteção aos raios UVB, e sim que têm pouca resistência à luz e ao calor, segundo a associação. Além de instável à exposição solar, o Coppertone declarou um fator de proteção (30), maior do que o medido (25).
Todas as embalagens mencionavam resistência à água, mas após imersão de meia hora, a proteção do produto da Natura caiu para 30% do FPS inicial, por exemplo. O Sundown caiu para 55%.
A presença de substâncias bloqueadoras dos raios UVA - que têm incidência constante durante o dia todo - é indicada nos rótulos dos 10 produtos. Mas só três embalagens mostram o grau de proteção: Cenoura & Bronze, L"Oréal Solar Expertise e Natura Fotoequilibrio. Não há regulamentação no Brasil que obrigue a presença de substâncias bloqueadoras dos raios UVA, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Os produtos que não apresentaram na composição o benzophenone-3, ingrediente que segundo a associação já é proibido em outros países, foram o L'Oréal Solar Expertise, o Cenoura & Bronze e o Hélioblock da La Roche-Posay.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ultnot/cienciaesaude/ultnot/2009/12/01/pro-teste-reprova-oito-entre-dez-protetores-solares-fsp-30.jhtm

Um comentário:

Faide disse...

Gilvan,
Precisamos com certeza de uma política que defenda de uma vez por todas o direito do cidadão.
Mas o mesmo precisa procurar por isso e exigir isso...o que, pelo que tenho visto,não é atitude corriqueira da maioria.As pessoas preferem se lamentar e acomodar,à buscar o que é seu por direito.
Amei a informação,pois me foi muito útil.Inclusive já a passei para frente.

bjo
Faide.