quarta-feira, 16 de março de 2011

7 de abril: médicos interromperão atendimento a planos de saúde.

Graças a Deus tenho conseguido trabalhar e sustentar minha vida e a de minha família, sem necessitar me submeter profissionalmente aos planos de saúde. Para mim, SAÚDE é um DIREITO de todo cidadão e um DEVER do Estado. Não concordo com a mercantilização da doença e da saúde, que o capitalismo nos impôs. O mesmo penso da EDUCAÇÃO. Sei que, pensando assim, posso parecer, para alguns, ainda estar na época dos dinossauros, mas não consigo ver que empresas capitalistas comandando, com base no lucro e nas leis de mercado, a educação e a saúde, possam trazer um benefício real para o povo. Penso também que o ideal seria o Estado administrar totalmente estas duas áreas, investindo em salários dignos, formação profissional ampla e continuada, e a criação de uma infra-estrutura que possibilite o acesso gratuito a toda a população.
Em 2010 publiquei neste blog um texto do Dr. Dráuzio Varella abordando este tema ( http://gilvanalmeida.blogspot.com/2010/03/medicos-versus-planos-de-saude.html ). Fiz isso porque concordo com a forma que ele escreveu.
Hoje, volto ao tema, com o intuito de informar aos leitores, o que as associações médicas vêm fazendo para esclarecer à população a situação em que se encontram a classe médica e os usuários dos planos de saúde.

Gilvan Almeida

7 de abril: médicos interromperão atendimento a planos de saúde

Os médicos de todo o país irão suspender o atendimento aos planos e seguros de saúde no próximo dia 7 de abril, Dia Mundial da Saúde. Nesse dia, os médicos não realizarão consultas e outros procedimentos. Os pacientes previamente agendados serão atendidos em nova data. Todos os casos de urgência e emergência receberão a devida assistência. A mobilização é um ato em defesa da saúde suplementar, da prática segura e eficaz da medicina e, especialmente, por mais qualidade na assistência prestada aos cidadãos. O objetivo é protestar contra a forma desrespeitosa com que os médicos e os pacientes são tratados pelas empresas que atuam no setor. A paralisação é referendada pela Associação Médica Brasileira, Conselho Federal de Medicina, Federação Nacional dos Médicos e pelo conjunto das sociedades de especialidades médicas. Por isso, é importante a participação de todos os médicos. Mais informações sobre o movimento nos sites http://www.amb.org.br/ ; http://www.cfm.org.br/ ; http://www.fenam.org.br/.


Fonte: Newsletter AMB 193 - Associação Médica Brasileira

Um comentário:

Cezarinete Angelim disse...

Direito à saúde como direito de cidadania.


A saúde, como premissa básica no exercício da cidadania do ser humano, constitui-se de extrema relevância para a sociedade, pois a saúde diz respeito a qualidade de vida, escopo de todo cidadão, no exercício de seus direitos.

O artigo 196 de nossa Constituição em vigor preceitua que "a saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem a redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação."

No Brasil é aplicada a dimensão positiva do Direito fundamental à saúde, ou seja, este direito é um direito subjetivo do cidadão, que pode exigir da União Federal, dos estados e dos municípios, solidariamente, por meio de uma ação judicial, o fornecimento de um determinado tratamento médico, um exame laboratorial, uma internação hospitalar, uma cirurgia ou mesmo o fornecimento de um medicamento ou qualquer outro meio para proteger a sua saúde.

Trata-se de garantia constitucional (CF, art. 6º), onde estão descritos os direitos sociais do cidadão, estando este artigo inserto no Titulo II do Capítulo II que trata dos Direitos e Garantias Fundamentais do Homem. Portanto, conclui-se que todo e qualquer direito social é também direito fundamental do homem, devendo aplicar-se de imediato, por aplicação do parágrafo 1º do art. 5º da Carta Magna.

Parabéns ao Médico-cidadão Gilvan!